Olhares sobre o ESC2016: Montenegro



Montenegro
Intérprete(s): Highway
Tema: The Real Thing



André Moreira - A proposta montenegrina poderia ter sido escrita por Kanye West num dos seus dias de narcisismo. “The Real Thing” é arrojada e arriscada para um evento que, embora recetivo a novos estilos, não parece aceitar muito bem algo tão experimental. “The Real Thing” é uma música muito bem-disposta, difícil de se gostar, mas com substancial qualidade. De um país que já nos ofereceu extremos desde “Igranka” até “Euroneuro”, “The Real Thing” parece-me uma escolha bastante apropriada. Lamento a língua inglesa nesta música pois acredito que lhe retira alguma essência. Pondo de parte esse ponto, considero-a uma música muito forte embora, de pés assentes na terra, sei que não passará da semifinal – mesmo que merecesse. Espero uma performance digna de Montenegro para esta música.

8 pontos


André Pereira - Mas que escolha foi esta? Esperava muito mais deste país, tanto em relação ao artista como à canção…fiquei bastante desapontado. Enfim, a música é uma das piores deste ano e o que a salva é a letra. As vozes são um horror…

0 pontos


Daniel Fidalgo - Depois de dois anos consecutivos a marcar presença na final do certame, Montenegro vai voltar a ficar pela semifinal. A canção é simplesmente uma confusão e difícil de digerir. Não há um elemento condutor bem definido que nos permita perceber a intenção do tema ou do intérprete. 3 pontos vão para os ínfimos bons momentos, como os primeiros segundos, que existem muito esporadicamente no tema.

3 pontos


Fabiana Silva - Arriscadíssimo, quase sem chances de chegar à final, ainda assim, musicalmente maravilhoso. Trazer estilos musicais diferentes é de grande valia para o Eurovision atual, que está cada vez mais ‘mais do mesmo’ - Montenegro gosta mesmo de fazer isso, tanto que tivemos “Euro Neuro” e “Igranka”, ambas totalmente fora do padrão. Se os meninos do Highway fossem um pouco melhores na performance ao vivo, com certeza eles se sairiam melhor, mas o vocal é muito fraco e eles não demonstram tanta energia quando estão no palco, como se estivessem sonolentos. 

6 pontos


Fernanda Ribeiro - Para quem gosta de metal rock, está aqui uma canção na qual se possa rever. Não faz o meu estilo, mas, pelo menos não é mais um pop igual a tantos outros que passam na rádio a toda a hora e que tanto tem abundado no ESC. Não me vou pronunciar sobre a letra. É má demais para lhe atribuir qualquer adjectivo e ainda temos um vocalista que passa o tempo com o carapuço enfiado!


Hugo Sepúlveda - Montenegro gosta de arriscar e nem sempre corre bem. Penso que The Real Thing é uma nova Igranka, e se assim for, pessoalmente só me vai conquistar totalmente depois do festival. É algo alternativo e diferente do que é habitual no ESC, e não sei até que ponto caíra nas boas graças dos fãs. Não adoro, mas também não desgosto. Para conseguir um lugar na final, Montenegro terá de trabalhar muito para surpreender com a performance, especialmente a nível visual.

2 pontos


João Diogo - Tenho alguma simpatia por este tema de Montenegro. No entanto, custou-me bastante a gostar minimamente deste The Real Thing. Considero que o instrumental é bom, bastante irreverente, mas as vozes não acompanham. No conjunto o resultado final acaba por dececionar um bocado e Montenegro deve ficar pela semifinal.

3 pontos

Nelson Costa - Há uma linha que separa o refrão da intro deste tema: Quando arranca a entrada montenegrina, apetece ouvir a canção; tem algum drama e sex appeal. Tudo se complica musicalmente a partir dos 50 segundos onde percebemos que quase tudo não passa de ruído. As vozes também não encaixam na canção que, já agora, tem uma letra muito pouco convencional.

3 pontos

Patrícia Gargaté - O tema de Montenegro não é tão medonho como o querem fazer, na verdade até é uma música que se ouve bem. Certo que não é para todos os públicos, mas posso afimar que Montenegro não irá ficar envergonhado no palco do ESC. Dica para Estocolmo: Levem a senhora do videoclip e a atuação irá ficar muito mais completa.

6 pontos

Pedro Fernandes - Acho a canção de Montenegro uma tremenda confusão. Não consigo gostar, pior que isto talvez só a Geórgia e São Marino e vou dar 1 ponto apenas para diferenciar da piada que é a proposta de São Marino.

1 ponto

Rui Ramos - Ui que Montenegro este ano surpreende e não leva nenhuma balada balcânica! Vindo deste país, já cansava. Mas pelo que levam este ano, essas mesmas baladas tornam-se já nostálgicas. Gosto deste instrumental pesado, mas é um género que não tem agradado muito no ESC. Exceção dos Lordi e dos Manga. Mas este 'The Real Thing' precisava de vozes que acompanhassem o tema e não que fossem abafadas por ele. Acredito que em Estocolmo a apresentação se baseie na banda e nos instrumentos e com um ambiente de rock do pesado. Mas pronto, lá regressam eles a casa pelo mesmo caminho sem chegarem à final de sábado.

0 pontos

Sérgio Rego - Desde que este país regressou à Eurovisão em 2012, ou apresenta algo totalmente fora do convencional (2012 e 2013) ou apresenta baladas balcânicas (2014 e 2015). Este "The real thing" insere-se na categoria "fora do convencional". Gosto do conceito e de algumas partes dos arranjos mas as vozes e o refrão deixam tudo a perder. Acho que é bastante óbvio que não passa à final. No entanto, estou curioso pela actuação ao vivo.

3 pontos


Total: 35 pontos


Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.

4 comentários:

  1. Ainda bem que há horrores destes entre as canções concorrentes para eu poder fazer um intervalo e descarregar a minha neura. Um dos elementos deste grupo pertenceu aos No Name, mas era agora que devia estar anónimo e acho bem que tapem a cara. A minha pontuação para este simulacro de música: 0 pontos.

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  2. Esta "cançãozeca" foi demasiado bem pontuada. É uma das piores do ano e nem sequer pode ser levada a sério. Após dois anos fantásticos, Montenegro volta a falhar redondamente nas escolhas. 0 pontos (e porque não posso dar menos)

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  3. A música Montenegrina este ano está a ser alvo de muitas criticas. Na minha opinião o que estraga tudo nesta proposta é o refrão. Muito pesado, confuso e as vozes ainda a tornam mais insuportável de ouvir.
    Confesso que as baladas do Montenegro já eram como a expressão diz "vira o disco e toca o mesmo"
    Pontuação: 1 ponto

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  4. Esta canção não é, definitivamente, "the real thing" (concordo na integra com o comentário do Pedro Fernandes - pior, só mesmo a Geórgia e São Marino) - 1 ponto

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