Olhares sobre o ESC2016: Islândia



Islândia
Intérprete(s): Greta Salóme
Tema: Hear Them Calling



André Moreira - Uma das retornadas mais aclamadas do ano. Após o seu infortúnio em dueto, Greta Salóme irá testar-se numa performance que irá exigir bastante esforço de si mesma se vier a ser fiel àquilo que fez na seleção islandesa. Uma música num tom que não estamos à espera, uma melodia que faz lembrar um hino nacional e uma artista que se balança para aqui e para ali interagindo com o seu background. Na minha opinião esta proposta é um tanto inferior àquela que Greta nos ofereceu com “Never Forget” porém melhor do que a do ano passado (bastante melhor). A artista tem sérios problemas com as respirações durante a sua performance, os quais compreendo dado a mesma ser exaustiva. Não consigo visualizar este país a ser beneficiado pelo júri mas acho que conseguirá ter muitos votos de televoto dado tratar-se de um rosto conhecido e pelo carácter visual da performance, que é soberbo. Num cenário em que a artista não melhore convenientemente os aspetos menos positivos da sua performance, não sei até que ponto não poderemos ter uma Islândia a ficar pela semifinal.

5 pontos


André Pereira - Grande regresso este da Greta! Uma grande canção e quem sabe a vencedora deste ano! A letra é boa e o instrumental é bastante bom com uma excelente batida. E claro vamos ver se a performance vai ser a mesma que na final nacional pois foi bastante bom! TOP10 sem dúvidas…

12 pontos


Daniel Fidalgo - Greta Salomé volta ao concurso europeu depois da sua última participação em 2012, no Azerbaijão. Relativamente a 2012, considero que Hear Them Calling tem capacidade de arrecadar uma melhor qualificação na final. O que mais me agrada neste tema, é o seu lado sombrio, o lado mais obscuro de Greta e a prestação sólida na semifinal. Apesar de tudo, e ao contrário do que muitos dizem, não considero possível uma vitória para a Islândia.

8 pontos


Fabiana Silva - Uma das melhores canções da história da Islândia no festival, que mostra o quão interessado na vitória o país está. O único erro de Greta Salóme foi ter decidido pela versão em inglês de “Hear them calling”, que não tem o mesmo charme da versão em islandês – ainda mais em um ano cheio de temas em inglês. Chama minha atenção o clima faroeste do instrumental e a forma como a coreografia conta a história da música; a ideia é relativamente simples (uma máquina de vento e um telão), mas a forma como ela fica na tv é excepcional!

10 pontos


Fernanda Ribeiro - A Greta voltou e traz uma canção com acordes e um estilo que faz recordar algumas canções vencedoras num passado recente, talvez num tom mais dramático. Estou um pouco dividida: a canção parece ser forte, mas, ao mesmo tempo não faz o meu estilo (sou uma fã que não segue os estilos que geralmente a maioria dos fãs, mais gosta). Fico com a sensação que vai precisar de efeitos no palco, para conseguir chegar à Final.

Hugo Sepúlveda - Greta Salóme está de volta ao ESC e traz-nos uma música com um instrumental calmo, mas que depressa ganha alguma intensidade, marcada pelas batidas, que acabam por ajudar a cativar. Não é mau mas não consigo deixar indiferente o facto de me lembrar uma série de anime. A temática é algo misteriosa, mas podia ter sido muito mais explorada. Visualmente, não desgosto da ideia, mas precisa de ser trabalhada, já que parece bastante forçada e terá de ser melhorada, tendo em conta que vocalmente não se destaca. Considero que a sua passagem à final esteja na corda bamba e muito dependente da atuação.

5 pontos


João Diogo - Sinto que vou fazer um comentário muito parecido ao que fiz da Suécia no ano passado. Hear Them Calling não é uma má música, pelo contrário, tem um ritmo interessante e diferente do habitual, que eu gosto. Mas sinto que se tirarmos aquela apresentação em palco, muito bem feita diga-se, o tema perde metade da força. Estamos num programa de TV e por isso os países devem apostar nesse aspeto mas quando um tema faz tanto sucesso só por causa disso causa-me alguma comichão.

6 pontos

Nelson Costa - Greta Salóme, intérprete e compositora, traz-nos a aposta mais criativa e mística desta edição do Festival de todos nós. Brilhante! Com um sofisticado mix de pop e folk, a canção tem uma certa tensão como o bater do coração que nos faz também mexer, escutar… A acrescentar a uma produção estudada ao milímetro, a performance em palco agarra-nos ao ecrã, ficando a mesma na nossa cabeça durante muito tempo.

12 pontos

Patrícia Gargaté - A Islândia traz um dos meus temas favoritos deste ano. Acho tudo muito bem conceptualizado, deste o tema à atuação, soa tudo muito bem. Ainda assim preferia a canção na versão original, sem as últimas modificações. Curiosamente o timbre da Greta não é dos que mais me cativa, mas conseguiu apresentar uma música que realmente me agrada e que me faz ouvir vezes e vezes sem me cansar. Desde a final nacional até agora, continuo a adorar! Dica para Estocolmo: Manter a atuação da final nacional e arrasar!

12 pontos

Pedro Fernandes - Instrumental forte, com uma ótima produção, uma interação fantástica com os LED’s no fundo do palco, o que faz da apresentação em palco um espetáculo muito agradável de se ver, claramente uma inspirada na apresentação da canção vencedora do ESC no ano passado, “Heroes”. Greta também não desilude e tem voz para o tema que defende, ou não tivesse sido composto pela intérprete. Depois do desaire do ano passado a Islândia regressa em grande e prevejo um grande resultado na Final, basta apenas ensaiar muito bem a prestação em palco que, suspeito, será muito semelhante ao que vimos no Söngvakeppnin.

12 pontos

Rui Ramos - Estamos perante uma fortíssima entrada ou não estivessemos a falar de um país nórdico. MAS... Desilusão total por mais uma vez abdicarem do seu idioma. 1ª retornada a subir ao palco do ESC em 2016 e que, após a desilusão do ano passado pela María Ólafs, acredito que este país se irá esmerar em Estocolmo e com a promessa, saída da boca da Greta, de que com uma apresentação da mais inovadoras de sempre. Apesar de não ser nada de extraordinária, tem uma voz consistente e afinada e nesta música, a manter a apresentação da final nacional, terá de se preocupar mais com a interação das imagens do background para que não existam falhas. Final certa, possível top 15.

6 pontos

Sérgio Rego - Este é dos temas que mais cresceu em mim e actualmente posso dizer que gosto muito embora a primeira impressão tivesse sido de indiferença. A influência de "Euphoria" e "Heroes" na actuação de Greta Salóme é bem óbvia, mas nada disso interessa pois é muito difícil ser-se verdadeiramente original na Eurovisão. Além disso, a melodia desta canção (com influências da banda islandesa Of Monsters And Men) é bem diferente. O coro masculino e os "hey!" dão ainda mais força à canção. Penso que a Islândia passará à final sem grandes dificuldades.

8 pontos


Total: 96 pontos


Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.

5 comentários:

  1. Muito boas avaliações, obrigado Esc Portugal! (h)

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  2. A Islândia este ano para chamar a atenção, já que parece não conseguir fazê-lo de outra maneira, resolveu trazer para a ribalta uma música demasiado barulhenta mas que não deixa ao mesmo tempo de ser fraquinha. A intérprete nunca caiu no meu goto, não lhe encontro qualquer talento fora do normal, é mais uma que canta e procura fazer o seu show, mas com muito negrume à mistura que só faz lembrar a poluição provocada pelo começo da revolução industrial. Dou-lhe: 0 pontos.

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  3. Adoro ler os olhares. Pra mim ganhou a Islândia

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  4. Uma das minhas favoritas para ganhar o ESC2016

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  5. Uma proposta deveras interessante: pela melodia, pela intérprete, pelo coro, pela encenação. Uma forte candidata aos lugares cimeiros (e aquela explosão de sons remete-me, curiosamente, para uma canção dos geniais Sigur Rós) - 10 pontos

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