Olhares sobre o ESC2015: Portugal


Portugal
Intérprete(s): Leonor Andrade
Tema: 'Há Um Mar Que Nos Separa'



Aáron García-Álvarez - Não posso dizer nada de mal desta canção e estou a avaliá-la como espanhol e não como português. Gosto da melodia, do poema da canção em si e da voz. Na sua semifinal nacional, quando a ouvi, já desejei que fosse Leonor a representante de Portugal; da mesma maneira digo que nenhuma das outras conseguiu me pôr os cabelos em pé... Muita sorte a Leonor em Viena, tem grandes canções na sua semifinal mas acredito que consiguirá aproximar-se aos votantes e conseguir um lugar na final.

10 pontos

Carlos Coelho - A meritória vencedora do Festival RTP da Canção 2015 devolve qualidade à presença de Portugal na Eurovisão. A música rock destaca-se no meio de tantas baladas em Viena, refinadamente cozinhadas pelo inspirado Miguel Gameiro que está de parabéns, pela letra, música e escolha da cantora. A Leonor é musicalmente talentosa e telegénica o suficiente para captar a atenção dos espectadores atentos e dos jurados. Pela qualidade, merece chegar à final, mas penso que teria sido uma boa oportunidade para cantar totalmente em Inglês.

10 pontos

Eurico Alves - Portugal mostra este ano que o século XXI também chegou a estas terras, mas infelizmente continua agarrado a costumes que nos prejudicam na competição. Muitos estrangeiros consideram que o português de Portugal soa como o russo, ou seja, soa mal. Aliado a isso e a ninguém perceber nada de nada do que a Leonor vai cantar, temos o facto desta canção, com a sua nova versão, poder resultar incrivelmente bem em inglês, o que me deixa bastante frustrado com a opção da RTP. Apenas ‘Outra Vez Primavera’ resultaria em português, mas prefiro não entrar nesta ‘discussão’. Escolhemos ‘Há Um Mar que Nos Separa’, podia ter sido pior, mas foi esta a escolha. No palco gostaria de ver uma banda e não apenas um coro a fazer ééééóóóééé… Podem não ter gostado de ‘Quero Ser Tua’, mas a verdade é que a Suzy foi um sucesso previsível e só não fomos à final pelo júri. Este ano não consigo mesmo prever se passamos ou não, embora acredite que tal possa acontecer, principalmente se houver um forte investimento nos planos e nos jogos de luzes.

6 pontos

Fabiana Silva - A RTP parece ter dado um passo rumo à modernidade musical, mas que isso não seja só passageiro. Leonor é uma ótima cantora, mas ainda acho que o tema é muito forte para seu estilo mais suave e feminino; ainda assim, Portugal fez um ótimo trabalho escolhendo algo mais internacional e contemporâneo, mas sem deixar o belíssimo idioma português de fora da festa em Viena. Merece a classificação para a final, ainda que seja em 10.º lugar.

7 pontos

Fernanda Ribeiro - No Festival da Canção, “Há Um Mar Que Nos Separa” (a minha canção preferida) foi-nos servido com um toque de um excelente vinho. Para transformar esse bom vinho em “Reserva” e lançá-lo a um concurso internacional, teria sido necessário seleccionar as uvas das melhores castas num excelente processo de vinificação, obtendo um néctar de referência. O que aconteceu foi uma adulteração com uvas de casta inferior e … tudo o mar levou. Levou  a sua vertente rock com estes novos arranjos, e, a sua aura de mistério afogou-se com o corte mal remendado no início.  Há opções que se pagam caro, especialmente quando o amargo de boca do “martelado” coro “eh-au-eh” se faz sentir, atirando ao próprio pé. Penso que poderia ter havido mais empenho e um melhor trabalho na produção e orquestração. Apesar de tudo: Go girl e dá o teu melhor! 

5 pontos

Gonçalo Vieira - Chega o tempo de avaliar o nosso país! Primeiramente, tenho a dizer que sou fã desta canção. Ainda que haja a plena noção que irá ser complicada a tarefa do apuramento, é a primeira vez em muitos anos que acredito que isto irá suceder-se. Como sempre, os fãs portugueses não gostam da proposta, ainda assim, noto algum entusiasmo por todos em relação ao que vai ser feito em palco. A Leonor interpreta Há um Mar que nos Separa de forma segura, mas ainda sem um à vontade que é sempre necessário. O revamp da canção na minha opinião veio fortalecer a ligação ao que é feito no ESC, mas isto é discutível. Não estou esperançoso ao ponto de dizer que vamos sair de Viena com uma centena de pontos, mas poderemos surpreender.

7 pontos

João Diogo - É revoltante o facto de estarmos perante a 3.ª melhor música portuguesa desde 2001 e que, mesmo assim, as hipóteses de não qualificação sejam maiores que as de qualificação. É um tema jovem, moderno e comercial, qualidades que até então Portugal nunca tinha levado na mesma canção, mas isto não é suficiente. A produção pós-FC foi fraca e retirou muito do potencial. Preferia, de longe, que tivessem seguido um caminho mais rock. Não consigo entender a introdução do coro (eh ah oh eh? a sério?), não compreendo a não aposta no inglês, não compreendo a apatia e amadorismo da RTP (é tudo feito em cima do joelho, é tudo encomendado para ontem e depois é normal que as coisas não funcionem). Portugal merecia passar à final mas todos sabemos o quão difícil isso será. A apresentação em palco será decisiva e, se for boa, poderá resolver a total indiferença de que a música sofre. Espero sinceramente que 2015 marque um ano de viragem para o nosso país. Precisamos de mais músicas, assim comerciais, para começarmos a encarar a Eurovisão de forma diferente. 

7 pontos

Patrícia Gargaté - Com a nova versão perdemos muita coisa: perdeu-se a atmosfera de suspense que o início da canção carregava, perdeu-se um lado sombrio que podíamos usar a nosso favor no palco do ESC e não se melhorou aquele refrão morno. Claro que não vou falar no coro porque… enfim, ele podia estar lá de tantas outras formas. E atenção, não sou hater da nossa música, simplesmente acho que os arranjos foram mal pensados. Quando à performance, podia haver tanta coisa… Ah, outra coisa que perdemos também… pontos!

6 pontos

Paulo Morais - A minha segunda favorita no FC15, canção diferente do habitual, a melhor que o Miguel Gameiro enviou ao FC. Gosto da cantora, da sua voz, tenho pena que a versão final não tenha sido mais rock, mas não está mal. No ESC tudo depende do que for transmitido em palco. A Leonor tem que ser o centro das atenções, tem que transmitir confiança no que está a cantar e não mostrar expressões exageradas e forçadas, tem que sentir e mostrá-lo com garra, sentia-se isso em 2010 com a Filipa. A ventoinha, os jogos de luzes e os efeitos de palco são essenciais. O coro não deve aparecer. Pode ser que consiga esgueirar-se até à Final, mas está longe de ser uma candidata aos primeiros lugares.

8 pontos

Rui Ramos - Um FC 15 que não viveu de muitas polémicas e que levou Leonor Andrade à vitoria. "Há um mar que nos separa" é uma canção comercial e bastante moderna, coisa rara vinda de Portugal, com uma intérprete super carismática que conquista as câmaras e domina o palco. Vocalmente precisa só de mais garra para Viena. Num ano em que acredito num bom resultado, logo uma passagem à final.

10 pontos

Total: 76 pontos

Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.

10 comentários:

  1. por muito que musica seja boa, não tem chances de ir à final, a nova versão é pessima.. é triste mas é a verdade, e a RTP assim o quer...
    Ano que vem se convidam compositores novamente, será a mesma coisa, tem que abrir concurso a nivel nacional.

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  2. João Diogo...desde 2001 não quereria dizer a 3 ° pior?

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    1. Caro anónimo,

      Na minha opinião é a 3a melhor música portuguesa desde 2001 sendo suplantada apenas pela Vânia Fernandes e pela Rita Guerra :)

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    2. Filipa Azevedo, Filipa Sousa, flor de lis...talvez até 2B...pelo menos é melhor que as non stop e os homens de luta...

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  3. Foi a melhor música do FdC e por isso uma digna representante do nosso país. A passagem à final é difícil, mas não impossível e temos como trunfo a diferença para as outras músicas da semifinal.

    Pontuação: 6 pontos

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  4. Acho que esta música vai passar sem problemas. A minha pontuação: 6 pontos.

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  5. A canção é das melhores. Vai passar à final sem problemas. Abram os ouvidos!... ouçam a porcaria que está por todo o lado, quer na 1.ª semi-final quer na 2.ª.
    Tenho muito orgulho na presença Portuguesa este ano. Há falhas mas levamos uma canção de bom nível. Há muita politiquice e muito jogo de cintura mas os europeus sabem distinguir muito bem o que presta do que não presta. Estamos na final com todo o mérito e somos a sensação do ESC 2015. Não há que pensar pequeno. Há é que ambicionar ao topo. Jogar para ganhar... Com os pés na terra diria que vencer é missão impossível, mas ficar nos lugares cimeiros é muito possível e justo.

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  6. O facto de ser diferente do que temos levado em anos anteriores, o toque de modernidade pode ser positivo.

    Tem um refrão bem construído e em conjunto com uma boa produção de palco poderá dar-nos um lugar honroso.

    A Leonor tem uma ótima voz e isso jogará certamente a nosso favor! Boa sorte Leonor!

    8 pontos

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  7. PORTUGAL: [é sempre difícil ser-se objectivo no que toca à avaliação da proposta lusa mas vamos tentar...] uma intérprete carismática e muito atraente; um som moderno e comercial, apelativo qb. tenho pena que se tenha perdido aquela magnífica introdução e se tenha introduzido um coro com este refrão tão linear. perdeu alguns pontos mas mesmo assim chega aos 7.

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