[VIENA 2015, porque não?] Suécia


O PAÍS

O Reino da Suécia localiza-se na Europa Setentrional, na Península Escandinava e integra os Países Nórdicos. Tem a Noruega a oeste e a Finlândia a nordeste, está também ligado à Dinamarca através da famosa Ponte do Øresund, que une Malmö a Copenhaga. Apesar de ter pouco mais de nove milhões de habitantes, este país é o terceiro maior da União Europeia em termos de área. Carlos XVI Gustavo é o Chefe de estado desta Monarquia Constitucional, mas o principal órgão legislativo é o Parlamento (Riksdag). A sua economia desenvolvida e muito diversificada, faz com que este país seja um dos mais ricos. As suas preocupações com as desigualdades sociais e humanas refletem-se no lugar que ocupa como um dos mais socialmente justos do Mundo. É notável também a sua consciencialização ambiental e o respeito pelo natureza e pelos animais.

A presença humana nesta região remonta à Idade da Pedra, quando o gelo da última glaciação recuou e alguns povos colectores e caçadores do Báltico se instalaram na zona. Durante a Idade do Bronze, o sul da Suécia era já densamente povoado. Durante os séculos IX e X, a cultura viking (povo de comerciantes, exploradores, marinheiros, guerreiros e piratas escandinavos), prosperou na Suécia e alastrou-se para as regiões envolventes, Atlântico norte e um pouco por toda a Europa. Em 1389, os três estados escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca) estavam unidos sob um único monarca (União de Kalmar), que era apenas uma união pessoal. Mas no século XV, quando houve uma tentativa de centralizar o poder no rei dinamarquês, a Suécia resistiu revoltando-se. Em 1523, Gustavo I Vasa (mais tarde Gustavo I da Suécia) restabeleceu a separação da Coroa Sueca da união. No século XVII, a Suécia tornou-se uma das principais potências europeias, devido ao sucesso da participação na Guerra dos 30 anos, iniciada pelo Rei Gustavo Adolfo II. Já no século XVIII, a força sueca diminuiu, quando a Rússia conquistou os reinos da Europa do norte na Grande Guerra do Norte e, finalmente, quando em 1809, aconteceu a separação da parte oriental da Suécia e a Finlândia tornou-se um grão-ducado russo.

A História mais recente deste país nórdico, mostra-nos um período mais calmo em relação a guerras. O último conflito aconteceu em 1814 (Campanha contra a Noruega), quando estabeleceu pela força uma união com esta. Em 1905 e sem problemas, esta união cessou. A neutralidade sueca durante as duas Guerras Mundiais evitou que esta tenha tido grandes problemas (excepção na Guerra de Inverno, ou Guerra Soviética – Finlandesa, na Segunda Guerra Mundial, quando esta ajudou a Finlândia a combater os ataques da União Soviética). Neutral também foi a posição adoptada por este país durante a Guerra Fria. Ainda hoje não faz parte de nenhuma aliança militar. Juntou-se à família da UE em 1995, após um referendo ter aprovado com 52% a adesão à comunidade. O Euro como moeda ainda não substituiu a Coroa Sueca (SEK)… juntos sim, mas tanto não!

Quando falamos em personalidades suecas, um nome salta-nos logo da memória, os ABBA. Quem não conhece este grupo que vendeu mais de 370 milhões de discos mundialmente? Mas muitas outras personalidades elevaram a bandeira azul com a Cruz Nórdica amarela, foram elas: Alfred Nobel (químico, inventor da dinamite e “fundador” através da sua fortuna e do seu testamento de uma fundação que premiasse as pessoas que se destacassem para o desenvolvimento da humanidade); Greta Garbo (atriz, eterna candidata a ao Óscar para Melhor Atriz sem nunca ter ganho, viu o reconhecimento pela Academia ao lhe atribuírem um Óscar Honorifico, pela sua carreira, mas ela não compareceu para receber a estatueta); Ingrid Bergman (atriz de “Casablanca”, entre outros, e vencedora de 3 Óscares); Stieg Larsson (escritor do “Millenium”, entre outras obras); Marie Fredriksson (vocalista dos Roxette); Stellan Skarsgård (ator do “Mamma Mia”, entre outros); Anders Celsius (físico e astrónomo, invenção do termómetro centígrado (Escala de Celsius); Mats Wilander (tenista); Avicii (Dj e produtor musical); Ace of Base (banda dance/pop); entre muitas outras.

PERCURSO NA EUROVISÃO

A aventura eurovisiva sueca começou em 1958, na cidade holandesa de Hilversum, ficando em 4º lugar logo na primeira edição. Desde sempre foi um país bem sucedido no certame, tendo obtido o 1º lugar por cinco vezes (1974, 1984, 1991, 1999 e 2012). Ficou apenas uma vez em 2º, em 1966, mas pelo contrário, recebeu a medalha de bronze por seis vezes (1983, 1985, 1995, 1996, 2011 e 2014). Não participou em 1964, 1970 e 1976. E foi brindado com o último lugar em 1963 e 1977.

Desde a introdução das semifinais apenas não conseguiu ultrapassar uma (2010), a jovem Anna Bergendahl e a sua “This is my life” ficou em 11º, falhando assim a Final. Mas em 2008 e apesar de ser uma das favoritas, Charlotte Perrelli e o seu “Hero” foi salva pelos júris e acabou por chegar à Final, apesar de ter terminado a sua Semifinal em 12º!

EM 2015... PORQUE NÃO?

A sua seleção para o ESC tem uma das finais mais esperadas e concorridas da Europa, o Melodifestivalen, que durante um mês viaja pelo país e consegue grandes audiências. Uma vez mais em 2015, esta final estará de volta para escolher quem irá até Viena representar as cores suecas e tentar a sua seis vitória.

Diversas arenas estão preparadíssimas para receber uma vez mais o Festival da Eurovisão, são elas: a Friends Arena em Solna/Estocolmo, a Ericsson Globe em Estocolmo, a Malmö Arena em Malmö, a Scandinavium em Gotemburgo, a Elmia Eventcenter em Jönköping, a Göransson Arena em Sandviken, a Saab Arena em Linköping, a Gavlerinken Arena em Gävle e a Löfbergs Arena em Karlstad.

Quem deveria brilhar no Melodifestivalen e em Viena 2015?

Agnes – Cantora conhecida internacionalmente depois de fazer sucesso com o seu “Release Me”. Nasceu a 6 de Março de 1988, em Vänersborg e foi a vencedora do Idol 2005. Participou no Melodifestivalen 2009, onde chegou à Final, mas ficou em 8º. Pop, dance, R&B, eletropop são a sua praia, um regresso com uma canção poderosa poderia catapultá-la ainda mais para o sucesso.



September – De seu nome Petra Eos Marklund, nasceu a 12 de Setembro de 1984, e a sua música conseguiu fazer sucesso um pouco por toda a Europa e USA. O Pop e o Europop são a sua inspiração musical e o seu estilo. Apesar de achar que o sucesso no ESC seria limitado, talvez a imagem dela, associada a uma canção forte poderia ajudar este país a chegar a um TOP 10.



Sarah Dawn Finer – A fantástica Lynda Woodruff, que no ESC 2013 apresentou a Suécia através de sketches humorísticos e participante do Melodifestivalen 2007 e 2009. Esta cantora encanta o público através da sua fabulosa voz e das suas canções Soul e Pop, sempre, ou quase sempre com a temática amor. Uma ida ao palco eurovisivo com uma canção que lhe fizesse jus, atiraria a Suécia para os primeiros lugares.



Darin – Cantor com inúmeros sucessos no seu país. Nasceu em 1987, na cidade de Estocolmo. Iniciou a sua carreira no Idol 2004 e participou no Melodifestivalen 2010, ficando em 4º na Final. É um óptimo cantor no Dance, no Pop e no R&B.



Swedish House Mafia – Este grupo composto por 3 DJs e produtores de House (Axwell, Steve Angello e Sebastian Ingrosso), juntaram-se e criaram alguns sucessos que chegaram aos tops de alguns países. Porque não voltarem a juntar-se e compor uma vez mais algo moderno e jovem, o concurso precisa e agradece.



Dead by April – Banda de Metal que surgiu em Gotemburgo, no ano de 2007. O seu Metal é Death Metal Melódico e Metalcore Melódico e são bastante conhecidos dentro do género. Participaram no Melodifestivalen 2012 e conseguiram chegar à Final, mas acabaram em 7º. Canções deste estilo fazem falta no ESC para cativar um público mais diversificado.



Velvet – Uma bela cantora de dance-pop sueca, nascida em 1975, que também já participou no Melodifestivalen por três vezes (2006, 2008 e 2009), na primeira participação conseguiu chegar ao Second Chance, nas restantes nem passou da Semifinal. Numa boa escolha musical, acredito que iria longe.



Yohio – O seu estilo é único e as suas canções Rock, Pop e Metal, contrastam com a imagem delicada dele. Vem de uma família ligada ao Metal e a sua carreira passa pelo Japão. Tentou por duas vezes representar o seu país no ESC, mas não conseguiu, apesar de ter sido o vencedor do Melodifestivalen 2013 pela votação do público. No ano a seguir voltou a tentar e ficou em 6º na Final. Uma nova tentativa não seria má ideia, mas deve escolher bem a canção.



State of Drama – É um grupo de música Pop, Rock e Rock Alternativo formado em 2009. Já participaram no Melodifestivalen 2013 e 2014, mas sem sucesso. Rock faz falta na variedade das canções a concurso, por isso, acho que um bom Rock poderia fazer a diferença.



Icona Pop - É um grupo sueco, formado em 2009, com Eletro House, Punk e Indie Pop como influências musicais com sucesso mundial. É muito apreciado pelo público mais jovem. Iriam certamente fazer a diferença.



Salem Al Fakir – As suas origens sírias e a sua voz, juntamente com o estilo Soul/Pop das suas canções fazem dele uma boa opção para um bom lugar na Eurovisão. Tentou em 2010 ir até ao ESC em Oslo, mas ficou num honroso 2º lugar.



Avicii – De seu nome Tim Bergling, nasceu em Estocolmo a 8 de Setembro de 1989. Produtor musical, DJ e remixer ouvido em qualquer pista de dança do Mundo. Numa parceria com um bom cantor poderiam conseguir a canção que voltasse a trazer uma vitória para a Suécia, além de visibilidade que trariam para o concurso.



Ace Wilder – A bela runner- up do ano passado tem uma imagem engraçada e aposta num estilo moderno. Nasceu em 1982, em Estocolmo e adora Hip Hop, Electropop e Pop. Considero uma boa aposta pela diferença.



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Fonte e Imagem: ESCPortugal; Vídeos: YOUTUBE

2 comentários:

  1. Mais nomes a adicionar na lista: Laleh, Molly Sandén, Kent, Lykke Li, Veronica Maggio, The Hives, First Aid Kit, The Knife, Elliphant, Miriam Bryant, Kim Cesarion, Zara Larsson, Miike Snow, Little Dragon e, claro está, a nova coqueluche da panorama musical sueco ao nível mundial, Tove Lo.

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  2. Tenho pena que os Ace of Base nunca tenham ido ao ESC. Eles respiram eurovisão.

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