[VIENA 2015, porque não?] Geórgia

O PAÍS

Terra de tradições, do canto popular, das grandes festas familiares, dos banquetes festivos e dos brindes famosos pelo lançamento do copo no final, a Geórgia é um país do Cáucaso, na fronteira entre a Europa e a Ásia. Tem como vizinhos: a Rússia a norte e a leste, também a leste e a sul encontra-se com o Azerbaijão e a sul com a grande Turquia e a Arménia. A sua costa é banhada pelo Mar Negro. As suas raízes remontam à Era Clássica (período longo da história que vai desde VIII a.C. até V d.C.), quando alguns reinos independentes se estabeleceram na região, destacaram-se os reinos da Cólquida e Ibéria, cujas orientações religiosas vinham do Paganismo. No início do século IV aceitaram o Cristianismo como religião.

O Reino da Geórgia atingiu o máximo da sua força económica e política durante o reinado de Davi IV e Tamara I, nos séculos XI e século XII. O Império Russo anexou esta região no início do século XIX. Conseguiu um breve período de independência, após a Revolução Russa de 1917 e o colapso do Império Russo (1918 – 1921), surgindo a საქართველოს დემოკრატიული რესპუბლიკა (República Democrática da Geórgia). Mas, em 1921, voltou a ser anexada, desta vez à nova União Soviética, tornando-se a República Socialista Soviética Geórgia. Em 1991, tornou-se independente, mas o período pós-comunista não foi fácil, diversos conflitos internos incendiaram este país, tais como: a Guerra Civil (1991-1993), Conflito Georgiano-Abecásio (Guerra na Abecásia (1992–1993), Guerra na Abecásia (1998),a etnia abcásia esteve em maioria até 1930 nesta região, até Estaline ter enviado milhares de georgianos que tornaram essa etnia numa minoria, mas os resistentes nunca desistiram e após a independência da Geórgia, constantes tentativas de separação fazem desta região um foco de problemas. Um referendo deu a vitória esmagadora a uma separação da Geórgia, mas esta nunca foi aceite pela mesma, nem pela comunidade internacional ), e o Conflito Georgiano-Osseta (Guerra na Ossétia do Sul (1991–1992) e a Guerra Russo-Georgiana (2008), nesta região sempre viveram os ossetas, um povo de origem persa, dividido entre a Federação Russa e a Geórgia durante o Regime Estalinista (1924-1953). A Ossétia do Sul declara a independência em 1990, dando o primeiro passo para se juntar à Ossétia do Norte, mas em 1991, a Geórgia independente, lança uma ofensiva contra os ossetas, a mediação russa acalmou as hostilidades, mas em 2008 militares georgianos voltaram a entrar em território osseta, desta vez a Rússia interveio militarmente, o que originou não só um conflito entre os dois países, mas também com os Estados Unidos e com a União Europeia, parceira da Geórgia. Foi, então, declarado o reconhecimento da independência das regiões da Abecásia e da Ossétia do Sul por parte da Rússia, declaração fortemente criticada pela NATO e pelos Estados Unidos). A Revolução Rosa de 2003 trouxe uma reforma democrática e económica, assim como um grande desejo para entrar para a UE, mas o caminho ainda é longo e a sua entrada não está para breve.

Inúmeras personalidades tiveram como terra natal a Geórgia, quem nunca ouviu falar de Iossif Vissarionovitch Djugashvili? Assim à primeira leitura é um total desconhecido, mas na realidade este senhor foi o responsável pela morte de pelo menos 27 milhões de pessoas na URSS, sendo um dos maiores ditadores da História, conhecido como Joseph Stalin, nasceu na região de Gori, filho de pais modestos veio-se a tornar líder da União Soviética e a governá-la através do medo e do terror. Mas a Geórgia também viu nascer figuras bem mais simpáticas, tais como: Elena Satine nasceu em Tbilisi a 24 de Novembro de 1987, é uma cantora e actriz que reside nos EUA; Katie Melua nasceu em 1987 em Kutaisi, é uma cantora e compositora mundialmente conhecida, vive desde os 14 anos na Inglaterra; Tamar e Natasha Surguladze, as gémeas conhecidas por Tata-Naka, nascidas em Tbilisi, são duas conhecidas designers de moda já com linha própria e que vendem um pouco por todo o Mundo.

PERCURSO NA EUROVISÃO

Os seus primeiros passos eurovisivos foram dados em 2007, em Helsínquia, onde a “Visionary Dream” da Sopho Khalvashi conseguiu chegar à Final e alcançar o 12º lugar. O seu melhor resultado foi o 9º lugar nas edições de 2010 e 2011, designadamente com “Shine” de Sopho Nizharadze e “One More Day” dos Eldrine. Falhou a Grande Final por duas vezes, em 2012 e em 2014. A sua última participação obteve o pior resultado de sempre para o país, o último lugar da sua semifinal, “Three minutes to hearth”, uma proposta muito diferente do que se costuma ouvir no concurso, não cativou os votantes. Em 2009, devido aos problemas com a Rússia e a Guerra da Ossétia do Sul, a Geórgia, ousada, escolheu uma canção com um título interessante: "We Don't Wanna Put In". Apesar de dizer que nada tinha a ver com o Primeiro Ministro Russo, Vladimir Putin, a EBU desclassificou a canção e pediu para mudar a letra, ou escolher outra canção, mas a GPB (estação pública georgiana), recusou e desistiu de participar nessa edição que se realizou em Moscovo.

A sua participação de 2013, “Waterfall”, do duo Nodi e Sophie, conquistou o 15º na Final, mas acabou por sair de Malmö como vencedora do Marcel Bezençon Award – Press Award, ao ser a canção participante nessa edição mais votada pela imprensa e media acreditados.

Apesar de ser um país novo na Eurovisão a procura pela vitória é grande e em caso de vitória, a Tbilisi Sports Palace está preparada para receber o ESC no seu formato actual.



EM 2015... PORQUE NÃO?


Quem deveria levantar a bandeira georgiana em Viena?

Katie Melua – Cantora e compositora de Blues, Jazz, Folk-Pop, com vendas em todo o Mundo na ordem dos 8 milhões, tornou-se cidadã britânica em 2008. Dona de uma beleza natural e voz suave, seria certamente uma excelente aposta para conseguir um bom resultado no ESC, acredito até numa vitória.


Dato - Nascido em 1975, em Tbilisi, cantor de música Pop conhecido especialmente na Rússia e em Israel. Teve uma breve passagem pela política no governo do Presidente Eduard Shevardnadze, mas que terminou com a Revolução Rosa. Porque não tentar com algo moderno?


Shorena Janiashvili – Cantora nascida em 1988, em Tbilisi, mas a atuar na Lituânia. Já participou em diversos concursos musicais, mas nunca no ESC. Tem no seu curriculum musical boas canções de Jazz e de World Music. Senhora de uma excelente voz, porque não tentar algo diferente?


Mariam Kakhelishvili – A Baby Gaga do JESC 2010, como ficou conhecida, após representar o seu país com uma canção ao estilo Lady Gaga, agora crescida, deveria tentar a sua sorte no ESC. Para além de ser uma bela jovem, tem uma boa voz e no Pop, Dance-Pop, Electro, ou numa balada poderia dar cartas.


Niaz Diasamidze – Nascido em Tbilisi em 1973, é vocalista da banda 33a, uma banda de Pop-Rock e Folk. As suas canções são muito diferentes das que normalmente concorrem à Eurovisão, mas porque não tentar com uma canção Rock e com sonoridades típicas da região?


Nodiko Tatishvili – O cantor de “Waterfall” que representou a Geórgia em 2013, nasceu em Tbilisi em 1986 e que já venceu inúmeros concursos musicais. Senhor de uma boa voz, porque não regressar ao palco do ESC, mas desta vez só?


Nina Sublati - Estudou numa escola de música durante uma boa parte da sua vida e fez parte de uma banda, a Sunny Day, que teve bastante sucesso no seu país com bastantes concertos e vendas. Em 2013 participou num concurso televisivo de talentos. Trabalha actualmente com famosos compositores e músicos georgianos.


Dato Kenchiashvili – Cantor de Folk georgiano. As suas músicas com sonoridades tradicionais poderiam funcionar bem no palco eurovisivo. Sinceramente, quando soube da participação deste país sempre imaginei uma participação dentro do estilo deste cantor.



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Fonte e Imagem: ESCPortugal; Vídeos: YOUTUBE

2 comentários:

  1. parabens excelente viagem á hestória do País obrigada Paulo Morais

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  2. AMO a Georgia, adoro os sons que leva ao ESC e adoro muitos dos seus artistas, alguns aqui referenciados

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