Olhares sobre o ESC2014: Áustria

Intérprete(s): Conchita Wurst
Canção: Rise Like A Phoenix



André Moreira: Não esperava um tema tão forte de Conchita Wurst. Soa imenso a "Skyfall" da Adele, mantendo-se a qualidade e o factor épico pelo meio. Consigo achar nesta proposta imensas coisas boas (voz, carisma, instrumental, universalidade e imagem peculiar). Conchita Wurst tem imensa força e nota-se que gosta imensa do tema. A letra é uma verdadeira metáfora e como poema está muito bem conseguido. O final explosivo vai cativar imensos votos e a própria imagem de Conchita Wurst irá consegui-lo. Séria candidata a retirar pontos aos países mais propícios a vencerem. 

12 pontos

Eurico Alves: É a canção mais antiquada do ano, para não dizer do século. O instrumental não deixa de ser forte mas tudo o resto é simplesmente ridículo…

1 ponto

Fabiana Silva: Os fãs gostam de Conchita Wurst por sua excentricidade e por defender um público que cresce e que é muito fiel, um público que precisa ser respeitado e que merece ter uma voz que os represente da melhor forma possível. Não podemos negar que ela tem um fator diva que poucos participantes de 2014 tem, mas a música não é lá das melhores. Posso dizer que é uma mistura de trilha do James Bond e baladas eurovisivas do começo dos anos 2000. O vocal é consistente (ela melhorou bastante neste aspecto) e a presença de palco é invejável!

6 pontos

João Diogo: Parece saída de um filme do 007. Bonita balada, muitíssimo bem interpretada pela Conchita Wurst. No entanto, a mulher que já foi notícia em quase toda a Europa, poderá sofrer um boicote por causa do seu aspeto (quer queiramos quer não é diferente e isso pode não ser bem aceite). A letra parece remeter para a própria vida da Conchita. Eu gosto e tem subido no meu top.

6 pontos

Nelson Costa: Não gosto de ver, num festival de canções, um país ser bastante falado por tudo e mais alguma coisa, e nunca por uma canção per si. O intérprete devia querer, na minha opinião, que a sua canção fosse valorizada pela letra ou pela música mas, pelo contrário, prefere destacar-se pelo seu look bizarro. Não poderei, por isso, pontuar esta participação muito favoravelmente. Esta entrada surge numa época em que diversos artistas internacionais querem ser notícia pelas polémicas onde se envolvem. Por outro lado, e olhando apenas para a canção, é um verdadeiro dejá vu antiquada e datada. A voz nasalada também não me convence.

2 pontos

Patrícia Gargaté: A Conchita sabe o que deve apresentar e daí a escolha da canção. Para a personagem que apresenta este é o ideal (imagine-se a Conchita a cantar um Glorious… deprimente, não?). Foi uma escolha inteligente e bem pensada. Aqui deste lado soa muito bem!

10 pontos

Paulo Morais: Rios e rios de tinta, de palavras, de assinaturas em petições contra, de likes e dislikes, artigos em jornais, etc…atiraram este país para o topo das notícias ligadas ao ESC deste ano e tudo pela escolha do intérprete, Conchita Wurst e a sua barba. O runner-up do ano passado regressou para nos cantar uma canção bem ao estilo Bond. Esta escolha é uma boa aposta, acredito que vai directa à Final e merece um lugar no Top3.  

12 pontos

Pedro Sá: O traveca barbudo hihihihihi. O que seria da Eurovisão sem freaks? Fora isso, canta muitíssimo bem e a canção tem força apesar de…enfim…demasiado queenish.

6 pontos

Rogério Berrucho: “Rise Like a Phoenix” é uma boa balada, eu normalmente gosto de baladas, com força, com uma boa atuação e presença em palco, mas porque raio é que o/a Conchita Wurst tem barba? Se é para marcar uma posição, se é para ter uma imagem de marca irreverente, há outras formas de o fazer sem ser estranho. Antes, as mulheres barbudas estavam no circo, agora estão na Eurovisão! Mas voltando à canção, é uma boa aposta…
 
8 pontos
                                             
Sânio Silva: É uma balada fantástica, com um instrumental elegante e clássico. Conchita interpreta a canção com muito profissionalismo, tornando-a bastante dramática e impactante. Sem contar com o visual da cantora – que é seu maior destaque – essa é uma canção de grande qualidade e deve ser apreciada por jurados e telespectadores.

12 pontos

Total: 75 pontos

Atenção: Os textos dos comentadores Fabiana Silva e Sânio Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem dos comentadores.

8 comentários:

  1. Wurst significa Salsicha em alemão/austríaco. Está tudo dito em relação à Conchita. Carnaval é em fevereiro darling

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  2. Mais uma vez vejo uma análise à canção baseada única e simplesmente em preconceitos.

    Na minha opinião esta é a melhor composição desta edição do ESC. Instrumental belíssimo e nada datado (ou acham a estrela do momento, Adele, antiquada!?), uma letra belíssima e nada ligada a clichés LGBT (cada um pode interpretar os versos da maneira que quiser, mas é uma canção que tanto uma mulher ou homem, hetero ou homo, poderiam perfeitamente cantar...é uma mensagem universal). Grande voz e performance sóbria. Meu TOP 2.

    Só saem notícias sobre a sua figura e nao pela música? De facto! Mas que culpa tem ela? A música está lá, mas os meios de comunicação preferem veicular o exotismo e fomentar o preconceito, que se há-de fazer.

    Usa barba para se promover? A Conchita já é conhecida há alguns anos no meio eurovisivo e sempre usou barba. Ficou conhecida na Austria precisamente por esta imagem...fazia sentido retirá-la só pra nao chocar os espectadores? Seriam a mesma coisa a Maria José Valério ou a Wanda Stuart sem os seus cabelos verde e azul?

    Foquem no essencial: a canção.
    Vejo uma análise em que se fala de quase tudo. E do importante, a canção, mto pouco.

    Menos preconceito se faz favor.

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  3. Anonimo das 17.52. A miley cirus também só é falada pelos escândalos. Que culpa tem ela?, perguntas tu. E eu respondo: TODA. Provoca para ser falada. Com a Conchita passa se o mesmo. Porque escolheu ele/ela o nome artístico Conchita Salsicha? Porque tem aquela varba em corpo de mulher? Para ser discreta? Para falarem apenas da sua música? Isto não tem nada a ver com preconceitos.

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  4. Subscrevo as palavras do anónimo 17:52.
    Das melhores músicas do ano.

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  5. Este é um caso de distúrbio profundo da personalidade, não sabe se é homem, se mulher, se homem e mulher ao mesmo tempo. Que grande pancada ele deve ter levado na cabeça em pequenino. E por isso vem-nos recordar não aquela maravilhosa história bíblica de Lázaro que segundo reza a lenda estava morto e já enclausurado no sepulcro quando uma figura muito semelhante a este bicéfalo lhe dá ordem de soltura e o pobre do Lázaro sai da modorra em que estava e aparece caminhando pelo seu próprio pé. Mas Wurst gosta mais de aves de rapina, mesmo que mitológicas, e prefere lembrar a pobre fénix que jazia morta e apodrecida mas depois deu-se o milagre, ela aparece novamente majestosa e imperial como se tivesse apenas estado a sonhar que estava a esgatanhar uma catatua que as suas enormes garras nojentas tinham aprisionado e, surpresa das surpresas, abre as suas asas gigantescas e sobe (rise up) novamente a romper os céus em toda a sua plenitude. Rise like a phoenix é um tema bonito, muito romântico, com um bom arranjo orquestral, e o/a Wurst tem um aparelho vocal mais potente do que eu imaginei quando vi pela primeira vez a sua aparência dúbia. Embora seja um bocado avesso a bichonas, dou: 10 pontos:

    "Cause you wouldn’t know me today
    And you have got to see
    To believe
    From the fading light I fly

    Rise like a phoenix
    Out of the ashes
    Seeking rather than vengeance
    Retribution"

    (Porque hoje não saberias de mim
    E tu tens que ver
    Para crer
    Eu saio em voo desde a penumbra

    Subo como uma fénix
    Saída das cinzas
    Atrás não da vingança
    Mas da recompensa)

    Tradução adaptada: Dani Carv

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  6. Musica antiquada "á la James Bond"(o que ñ significa que seja má antes pelo contrário) numa boa voz!Uhmmm 7pontos.
    Tenho pena que muito boa gente se concentre mais no aspecto da Conchita do que na musica mas admito que se a personagem que ele interpreta é mulher devia tirar a barba.A Dinamarca em 2007 tb foi representada por um drag queen e no entanto...era "mulher" e ponto final.Não é por me incomodar é só pq ñ percebo onde ele/ela quer chegar com aquilo de ser uma mulher com barba.Bom a polémica pela menos está instalada se isso for negativo ou ainda lhe vai dar uns pontinhos é que já ñ sei.

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  7. "Embora seja um bocado avesso a bichonas, dou: 10 pontos"

    Escrever isto quando se analisa uma canção é... no mínimo, tacanhez de espírito.

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  8. "Embora seja um bocado avesso a bichonas"

    que falta de educação.

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