Olhares sobre o FC2014: Sonhos Roubados




André Moreira: A melodia faz-me lembrar a qualidade eurovisiva da Itália. Raquel Guerra tem uma imagem muito forte em palco notando-se que está muito focada na sua atuação. Nesta organizada e simples performance é dado o destaque à Raquel Guerra - o coro está ativo, mexe-se, mas não se mistura com a artista principal o que joga muito a favor da mesma. Há que melhorar a dicção nos graves. Raquel Guerra passou justamente à final com uma música muito eurovisiva, com uma pincelada épica que pode agradar à Europa.

6 pontos

Eurico Alves: O melhor das canções do Feist são os irrepreensíveis instrumentais a que nos tem habituado. Esta canção tem algo de genial que eu ainda não consegui perceber o que é mas a verdade é que quanto mais oiço mais gosto. Não sei porquê mas acho que esta canção poderia incrivelmente resultar lá fora. Melhor dizendo, seria um flop ou um grande sucesso porque tem uma vertente original e misteriosa que atrai o público. A canção é muito forte e foi prejudicada pelas condições técnicas, nomeadamente no que toca aos graves que tornaram a letra impercetível para quem assistia em casa. Pela incerteza quanto a resultar lá fora (dado que é esse o critério a ser tido em conta):

8 pontos

João Diogo:
A proposta da Raquel resultou muito melhor na tv do que ao vivo. Depois de algumas audições torna-se um tema bastante forte mas pode passar despercebida à primeira. Não achei a escolha do vestido muito feliz e a interpretação que a Raquel conferiu ao tema pode não ser a melhor. A interação do coro e os planos de câmara resultaram muito bem. Nota final para o forte carácter político imprimido na letra.


5 pontos

Luke Fisher:
Foi para mim uma surpresa esta passagem à final. E de facto não sei o que dizer. A Raquel é uma óptima cantora mas a canção em si não tem estofo suficiente para captar a atenção do público europeu.


4 pontos

Nelson Costa:
Um hino à indignação pelos sonhos que alguém nos roubou… na atual situação económica e financeira do país, quem não se identificou com a letra? A interpretação exige, por isso, garra, raiva, atitude. Raquel Guerra tem-na! Essa conotação indiretamente política pode chamar a atenção do televoto.


7 pontos

Nuno Carrilho:
“Primeiro estranha-se, depois entranha-se”! Não gostei da atuação (nem do som) ao vivo, mas depois de rever a atuação na televisão, mudei totalmente de opinião, visto que foi a canção que melhor resultou na televisão! Raquel é a representante da minha região este ano (sim, sou alentejano) e defende com unhas e dentes este tema, mas há momentos em que não se entende a letra da canção, o que é um dos pontos negativos da proposta! Tem força suficiente para ir à Eurovisão, mas não acredito que tal venha a acontecer!


10 pontos

Patrícia Gargaté:
Uma das melhores da final, uma interpretação segura ainda assim há que realçar algumas particularidades da interpretação, nomeadamente no que diz respeito às notas graves, que correm o risco de tornar a canção quase imperceptível. O que é uma pena pois é um tema muito forte e bem conseguido. Sugeria assim uma mudança nesse sentido. Tem potência, mas ainda falta algo.


10 pontos

Paulo Morais:
A presença da Raquel nesta canção foi magnífica, gostei da atitude, mas a canção é penosa, demasiada letra (tipicamente português) e não se entende praticamente nada, onde está a temática alegria pedida pela RTP??? Esta canção “roubou” um lugar a outras que mereciam mais…


3 pontos

Pedro Sá:
Das 3 canções mais rock passou claramente a pior delas. Tem a relativa originalidade do regresso da estrutura tipo Espanha 1969 e 1971. Mas... nada de mais.


3 pontos

Rogério Silva:
Trocaria esta canção pela da Lara Afonso ou pela da Carla Ribeiro. A Raquel pareceu-me estar a forçar a voz e nem percebi metade da letra da canção. Até porque isso aconteceu com todas as canções mas nesta notou-se bastante. Se bem que a culpa não seja totalmente dela pois o Convento do Beato não me parece ter sido boa ideia. Ficaríamos pela semifinal se levássemos esta canção lá fora.


3 pontos

Sânio Silva:
Uma voz muito interessante, um visual fantástico, mas uma canção antiquada e sem potencial algum. Parece ter sido feita para uma publicidade de TV, ou para ser a trilha sonora esquecida de um filme dos anos 80. A atuação foi definitivamente impactante, mas esta canção concorreria à última posição no ESC.


4 pontos

Total: 63 pontos

6 comentários:

  1. Uma canção politica. Espero que os portugueses saibam que o tempo dos Homens da Luta já passou e nao deu certo

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  2. Sinceramente, já gostei menos da canção. Mesmo ouvindo mais vezes preferia a canção de Lara Afonso. Aquele "Yeah Yeah Yeah" não sai da cabeça :)
    E não contava que tivesse mais pontos que o Rui .

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  3. A estrutura da Espanha 1969 (Vivo cantando) e 1971 (Mundo nuevo y feliz)?!!!! Realmente a acústica do Convento deve ter estado muito mal...

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  4. Definitivamente uma das melhores propostas a este festival... se dizem que o tempo dos homens da luta já lá vai, mais grave é voltarmos ao ritual das pimbalhadas que têm uma máquina de comprar votos... Isso sim é uma música fraca... Não esquecer tb que não é com baladas como a do Rui Andrade que lá vamos... sinceramente dá-me sono.
    Qualquer uma das restantes três nos representariam bem, incluindo definitivamente a canção da Raquel.
    E digo mais, com os reajustes técnicos que tanto a prejudicaram e mais um ajuste aqui e ali iríamos longe.
    ;)

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  5. Tiago Varela - Este é um claro exemplo do "primeiro estranha-se depois entranha-se". O problema é que na eurovisão as canções querem-se imediatamente impactantes porque a maioria das pessoas apenas ouve as canções na grande noite. A canção tem um quê de revivalismo de canções do passado que me atrai bastante pois é bem feito ... contudo como aspecto negativo pode soar a antiquado a muitas pessoas. O refrão é para mim bastante interessante, dei por mim a trauteá-lo durante esta semana ehehe Eu gosto da interpretação desta canção com os graves da Raquel, contudo em alguns momentos estes pareciam exagerados o que levam a problemas de dicção. O coro esteve impecável e encaixa que nem uma luva na canção, penso contudo que a rotina que apresentam em palco é horrível, estão constantemente a movimentar-se de um lado para o outro ... distrai e prejudicam bastante a canção. Espero que mudem isso. A Raquel foi das mais bem vestidas na semifinal deste Festival pelo que nada a referir nesse departamento. Adoro o pormenor do instrumento de sopro que aparece de vez em quando na canção, parece um saxofone ou trompete ... podiam explorar mais sonoridades e instrumentos se esta canção for a escolhida. Aliás penso que a canção tem asas para melhorias. Acho que esta canção por ser diferente e misteriosa pode resultar lá fora mas por outro lado acho que a maioria das pessoas não "entendem" a canção pelo que poderá também por ser um floop. É um risco, mas tendo em conta o que temos na final do Festival da Canção e como eu gosto de arriscar ...

    8 pontos

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    1.º lugar | 8 pontos | Raquel Guerra - Sonhos Roubados
    1.º lugar | 8 pontos | Rui Andrade - Ao teu encontro
    3.º lugar | 5 pontos | Catarina Pereira - Mea Culpa
    4.º lugar | 2 pontos | Zana - Nas asas da sorte

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  6. Esta é definitivamente a minha canção (logo a seguir a da Zana). É uma canção a sério, sem plástico, com uma bela letra/poema e uma presença em palco seguríssima. Não percebi metade da letra na noite de sábado, mas agora parece que foram problemas técnicos, o que me alivia (tenho esperança que não se repita dia 15). Infelizmente não deverá ser escolhida.

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